DORES DE AMOR 

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Existe uma armadilha nas relações amorosas: a fantasia da completude. Ao nos apaixonarmos, acreditamos que determinada pessoa é a única que pode dar o que nos falta, e, como contraponto, acreditamos que também somos tudo para essa pessoa. Investimos nosso tempo e nossa emoção unicamente nesse objeto de desejo idealizado que nos fascina, o único para o qual queremos existir, com o qual queremos nos fundir, nos submeter ou servir.

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A paixão, muitas vezes vivida de uma maneira obsessiva, é fonte de sofrimento. Em função desse sentimento intenso, deixamos de viver ou não existimos por inteiro. Incompletos, sentimos como se nunca tivéssemos paz, como se nossa vida sem isso fosse insuportável, desprovida de sentido. É uma necessidade cega, um tormento permanente, que pode ser vivido como a perda da razão.

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Freud diz, em "O mal-estar da civilização", que a forma de sofrimento mais penosa vem dos nossos relacionamentos com outros seres humanos. Pensando nessa realidade, que é constantemente presente na clínica, abrimos espaço para esse encontro que tem a finalidade de discutir a dor do amor a partir de relatos individuais. Trocar experiências, expor o próprio sofrimento, ser ouvido e se espelhar nas demais explanações são maneiras eficazes de mobilizar a dor no sentido de se ter uma vida mais saudável.

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O grupo será orientado pela psicóloga e psicanalista Rosangela Huang.